Resenha: A Sociedade do Anel (O Senhor dos Anéis #1) - J. R. R. Tolkien

A Sociedade do Anel (O Senhor dos Anéis #1)
Autor: J. R. R. Tolkien.
Editora: Martins Fontes.
Páginas: 434.
Rating: 3/5 - bom.
"A sociedade do Anel é a primeira parte da grande obra de ficção fantástica
de J. R. Tolkien, O Senhor dos anéis. É impossível transmitir ao novo leitor
todas as qualidades e o alcance do livro. Alternadamente cômica, singela, épica,
monstruosa e diabólica, a narrativa desenvolve-se em meio a inúmeras mudanças de
cenários e de personagens, num mundo imaginário absolutamente convincente em seu
detalhes. Nas palavras do romancista Richard Hughes, ´quando à amplitude
imaginativa, a obra praticamente não tem paralelos e é quase igualmente notável
na sua vividez e na habilidade narrativa, que mantêm o leitor preso página após
página´. Tolkien criou em O Senhor dos anéis uma nova mitologia, num mundo
inventado que demonstrou possuir um poder de atração atemporal. "

Preciso começar explicando que a minha relação com “O Senhor dos Anéis” é bastante longa. Quando comecei a ler o livro pela primeira vez, tinha apenas 8 anos (porque veio, numa caixa de cereal, um cupom de desconto de 20% no livro, o que fez com que eu enchesse muito o saco do meu pai para comprá-lo) e, por óbvio, não consegui dar continuidade à leitura. Com 10 anos, lá fui eu, tentar lê-lo novamente. De novo, falhei. E, desde então, nunca mais tinha tido interesse em dar continuidade a essa leitura. Contudo, semana passada, me vi com uma vontade enorme de ler algum livro de aventura e pensei: “é DESSA vez que eu vou ler ‘O Senhor dos Anéis’!”.

Comecei o livro sem muitas expectativas, uma vez que já tinha visto o filme e sabia qual era o enredo básico da obra. Contudo, como eu havia visto o filme há quase 10 anos, não lembrava quase nada a respeito de como a história sucedia e quais rumos tomava em cada momento. Assim sendo, dei início à leitura – e fiquei meio “empacada”.
Sério. Não achei o livro tudo aquilo que falam. Achei a narrativa um tanto quanto parada, mas, na contra-mão, as cenas emocionantes são descritas com muita rapidez. Não só isso: tive um pouco de dificuldade para imaginar as criaturas que os hobbits enfrentam, uma vez que achei o que o Tolkien não as descreve muito bem – ao passo que, paradoxalmente, faz descrições exageradas de cenários e do ambiente histórico em que a obra se situa.

A solução que encontrei, portanto, foi esta: logo depois que terminei a leitura de “A Sociedade do Anel”, aluguei o filme homônimo. E, para falar a verdade, (cara, os fãs do Tolkien vão me matar, haha) achei o filme melhor do que o livro.

O fato é que o filme nos traz mais ação, apesar de distorcer levemente a história, e conseguiu fazer com que eu finalmente entendesse como era a ponte de Kazhad-dûm ou o que era o “balrog”. Contudo, apesar de ainda não ter começado a leitura de “As Duas Torres”, creio que o filme se adiantou um pouco e já me forneceu spoilers do próximo livro.

No entanto, não posso, de maneira alguma, desmerecer o trabalho do Tolkien. Muito pelo contrário: o universo que ele criou, as explicações para tudo, o contexto histórico e as lendas, tudo funciona perfeitamente, e se encaixa de uma maneira esplendorosa e admirável.

Aliás, preciso dizer: o livro é, sim, BOM. Contudo, senti que faltou um pouco de ação, de ler o final de um capítulo e ficar “OMG, o que será que vai acontecer agora?!” (aliás, o único momento que se tem essa sensação é quando o livro TERMINA!), e, pelo o que eu vi na internet, muitas pessoas também ficaram com essa mesma impressão. Li várias vezes que as narrativas de “As Duas Torres” e “O Retorno do Rei” são melhores, mas, mesmo assim, estou um pouco ressabiada. Acho que vou dar uma folga para essa trilogia e em breve a retomarei. Espero que os próximos livros não me decepcionem!